terça-feira, 1 de março de 2011

Caio F.

"Tente. Sei lá, tem sempre um pôr-do-sol esperando para ser visto, uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem. Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe."

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

tudo passa, até o amor ..

Era uma bela tarde, até então. Nada fora da rotina, nada incomum. Uma simples tarde de sono, assim como tantas outras ás quais ela já havia se acostumado. Pobre garota, mal sabia que uma ligação e tudo desabaria.
Por instantes se envolveu em um silêncio profundo e amargurado, a tristeza escancarava-se naquele rosto.
A garota tentava conter as lágrimas, em vão.
Quando se trata do coração, não se deve conter nada, mas ela ainda não havia aprendido. A verdade é que ninguém aprende.
Talvez eu a entenda, não podemos condená-la. É o seu sofrimento, o seu momento; e até mesmo ela sabe que tudo aquilo vai passar, deixem-a chorar.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

uma carta, duas amigas

Hoje eu parei pra pensar por uns instantes no que eu to fazendo da minha vida, e sabe qual a primeira coisa que me veio à cabeça? As minhas ana's, as minhas melhores amigas. Inevitável conter as lágrimas e, a partir daquele instante, me flagrei o dia todo com uma lagrima aqui e outra ali. A saudade às vezes me machuca. Que esquisito está hoje, que esquisita é a minha vida 'sem' vocês. Eu não queria nada disso, eu queria tudo de volta, agora, eu queria vocês de volta. Não posso culpar nenhuma de nós, mas que vida injusta. Eu sem vocês não sou eu, e assim me pego inúmeras vezes não me reconhecendo.
Eu nunca vou perdoar o tempo por isso, ele tem me roubado a melhor parte de mim. Tudo eu dividia com vocês, talvez eu ainda divida. Mas o tempo passou, inevitável dizer. O que não passou foi minha dramaticidade, mas creiam que hoje ta doendo fora do normal. Peguei minha caixinha e la estavam, minhas famosas cartinhas .. eu não vou esquecer nada, nada e nada do que passei com vocês, do que vocês foram, são e sempre serão na minha vida, independente do tempo. Chorei muito lendo aquele amontoado de cartas.
Um medo que jamais terei é de esquecer tudo isso, não, eu não vou. Duas amigas e dois espelhos, isso que vocês são. Cada dia que paramos pra conversar é como se estivéssemos sempre ali, no mesmo lugar; mas não estamos, infelizmente. E isso me faz falta, muita falta. Uma tão longe fisicamente, outra bem ali perto de mim, mas nada dribla a saudade. E se voltássemos ao que era antes ? É impossível, eu sei, mera utopia.
Às vezes eu digo tanto, mas sem nada dizer. Hoje eu to confusa (como se assim eu  não fosse), mas apenas estou tentando justificar pra mim o que eu to sentindo hoje. Amanhã eu sei que toda essa melancolia vai passar, mas é claro que me restará a saudade, ao menos esta será saudável. Que saudade, meu Deus. Como pode ? Eu queria um abraço, de cada uma de vocês, eu queria o dia de vocês só pra mim, mas não posso.
Dias e noites escutando, conversando , acalmando e enxugando as lágrimas uma da outra; para alguns, nisso se resumia o famoso trio ternura. Mas não, não permitíamos resumos, sempre fomos extensas e complexas demais. Uma complexidade que completava uma a outra, e tudo se traduzia até mesmo em silêncio. Pra que tantas palavras, a gente podia conversar com o coração. E é esse mesmo coração que hoje ta amargurado, por ‘perder’ tanta coisa da vida de vocês, por deixar que percam tanta coisa da vida dele. Hoje eu precisava de presença, presença física, mas a gente nunca consegue tudo o que quer.



A vida ensina muita coisa, talvez amanhã eu aprenda que nossa amizade sempre continuará intacta e eu  guarde as tantas lembranças. Mas isso fica pra amanhã, hoje não tenho condições de perdoar o tempo e os acontecimentos por terem me separado, de alguma forma, de vocês. Não fez bem pra mim.